sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia dos Namorados...

Hoje, aos quase 22 anos de um casamento bacana, com crises e alegrias como qualquer outro, mas num momento de grande paixão e confiança, com o fruto do nosso amor, nossa Isabella, morando em Nova York para fazer faculdade, estamos amadurecidos e crescemos como pessoas, em busca de uma felicidade só: a nossa!

Há alguns anos, fomos entrevistados pela Revista Cláudia - Editora Abril - numa matéria sobre concessões na vida a dois. E acho que vale a pena contar aqui o que foi nosso tão atribulado começo de romance, mas que sem dúvida valeu e vale cada dia mais.



"Para viver um grande amor, você precisa...

A felicidade amorosa não tem receita, mas alguns ingredientes são fundamentais para o romance dar certo. Casais revelam como construíram suas relações maduras e profundas

...ser perseverante



Yolanda Franco de Bastos Cirello, relações-públicas e jornalista, demorou nove anos para conquistar definitivamente Fábio Cirello, músico e locutor. Casaram-se em 1989 e têm uma filha de 12 anos.
'Yolanda' - Na primeira noite em que saímos juntos, ele me disse que era separado, tinha uma filhinha de 1 ano e nunca mais se envolveria a sério com alguém. O aviso chegou tarde demais, eu já estava apaixonada. Nessa época, o Fábio era meu professor de português no cursinho, dono de bar, cantor de rock... As mulheres viviam no seu pé. Eu sabia que havia outras no pedaço, e também havia outros! - mas ele nunca mentiu para mim. Ainda assim resolvi insistir na relação, porque cada encontro era o máximo e me sentia amada. Sofria com essa situação, que se prolongava, mas não fazia nenhum tipo de cobrança. Foram quase seis anos nesse rolo e nada de compromisso sério. Até que dei um basta! Porém só conseguimos ficar separados durante 11 dias. No reencontro, chorei, confessei a dor de vê-lo com outras mulheres, declarei que queria casar e não toparia nem sequer morar junto. Penso que me abri na hora certa, porque, a partir daí, o Fábio se entregou completamente. Namoramos a sério três anos e casamos. Fui perseverante por nove anos e valeu a pena: ele é um maridão apaixonado e também um superpai.

'Fábio' - Eu mudei porque não era louco de perder a Yolanda, lindíssima e amada. Mas, para um homem, é difícil recusar o assédio feminino. Minhas atividades profissionais favoreciam os contatos e os anos 80 também - todo mundo namorava todo mundo. Quando conheci a Yolanda, eu já tinha mentido tanto para as mulheres que decidi ser sincero. Nunca a enganei. Se me quisesse, teria que aceitar o pacote completo. Ela não fazia cena de ciúme e eu via nisso um ponto positivo. Além de segura, minha mulher é muito intuitiva - estava convencida de que nós dois ficaríamos juntos, o que me tranqüilizava. Mas, a certa altura, começou a doer e veio a cobrança. Percebi, então, que só amá-la não bastava: era necessário cuidar da nossa relação para que ela sobrevivesse. Precisava fazer uma opção e não tive dúvida: deixei de lado as penas do galinha e escolhi o amor.

por Déborah de Paula Souza | foto Karine Basilio - junho de 2004."

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